quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Características Físicas do Clima


É formado por uma enorme calota de gelo com uma espessura de até 4.000 m e um volume estimado em 30 milhões de km³, equivalente a 30% das reservas de água doce do planeta. Abriga o pólo geográfico Sul do planeta, a 90º de latitude S, e o pólo magnético, cuja localização não é fixa. Apenas a península Antártida, com 1.000 km de extensão, não está sempre coberta por gelo.
O relevo é marcado pela cordilheira Transantártica, prolongamento geológico dos Andes. Ela divide o continente em Antártida Oriental, com planícies, colinas baixas e a geleira Lambert, a maior do mundo, e Antártida Ocidental, com arquipélagos ligados pela cobertura de gelo permanente.
As banquisas formadas por água do mar congelado confunde-se com o contorno do continente.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Clima

A Antártica é o continente mais frio e seco da Terra, um grande deserto. A precipitação média anual fica entre 30 e 70 mm. Além disso, as temperaturas médias na sua região central ficam entre -30°C e -65°C, sendo a menor temperatura do mundo, -89,2°C, documentada na base russa de Vostok, a aproximadamente 3400 metros de altitude no dia 21 de Julho de 1983. Devido à influência das correntes marítimas, as zonas costeiras apresentam temperaturas mais amenas, entre os -10°C e -20°C.


Estima-se que apesar dos seis meses de escuridão do inverno, a incidência da energia solar no Pólo Sul seja semelhante à recebida anualmente no equador, mas 75% dessa energia é reflectida pela superfície de gelo.
A Antártica Oriental é mais fria que a Ocidental por ser mais
elevada. As massas de ar raramente penetram muito no continente, deixando seu interior frio e seco. O gelo no interior do continente dura muito tempo, apesar da falta de precipitação para renová-lo. A queda de neve não é rara no litoral, onde já se registou a queda de 1,22 metro em 48 horas. Também é um continente com ventos fortes, registando-se ventos com velocidades superiores a 140 km/h nas costas. No interior, entretanto, as velocidades são tipicamente moderadas.
A Antártica é mais fria do que o Ártico por dois motivos: em primeiro lugar, grande parte do continente está a mais de três quilómetros acima do nível do mar. Em segundo lugar, a área do Pólo Norte é coberta pelo Oceano Ártico e o relativo calor do oceano é transferido através do gelo, impedindo que as temperaturas nas regiões árticas alcancem os extremos típicos da superfície da terra no sul.
Alguns eventos climáticos são comuns na região.





A aurora austral, conhecida como "luzes do sul", é um brilho observado durante a noite perto do Pólo Sul. Outro acontecimento é o pó de diamante, neblina composta de pequenos cristais de gelo. Forma-se geralmente sob céu limpo, por isso é referido como precipitação de céu limpo. Falsos sóis, brilhos formados pela reflexão da luz solar em cristais de gelo, conhecidos como parélio, são uma manifestação óptica atmosférica comum.

Relevo




Na Antártica Oriental encontram-se os Montes Transantárticos (ou Cadeia Transantártica) que se estende por 4800 quilómetros, desde a Terra de Vitória à Terra de Coasts.
Na Ocidental está a Península Antártica, ao sul da qual se encontram os Montes Ellsworth e o Maciço Vinson, o ponto mais elevado do continente com 5140 metros. Localizadas entre as suas cordilheiras, há sete geleiras na Antártica, das quais a maior é a Geleira Byrd.
Embora seja lar de muitos vulcões, apenas uma cratera na Ilha Decepção e o Monte Erebus expelem lava actualmente, a primeira desde 1967. O Monte Erebus, de 4023 metros de altitude e localizado na Ilha de Ross, é o vulcão activo mais meridional do mundo. Pequenas erupções são comuns e fluxos de lava foram observados em anos recentes.

domingo, 9 de novembro de 2008

Geografia - continu@ção...

Em grande parte do interior do continente a precipitação média anual fica entre 30 e 70 mm; em algumas áreas de "gelo azul" a precipitação é mais baixa do que a perda de massa pela sublimação e, assim, o balanço local é negativo.

Nos vales secos o mesmo efeito ocorre sobre uma base de rochas, conduzindo a uma paisagem esturricada.

A Antártica Ocidental é coberta pela manto de gelo da Antártica Ocidental. Este chamou à atenção recentemente por causa da possibilidade real do seu colapso. Se derretesse, o nível do mar elevar-se-ia em vários metros num curto espaço de tempo geológico, talvez em questão de séculos. Diversos fluxos de gelo antártico, que correspondem a aproximadamente 10% da cobertura de gelo, correm para uma das muitas plataformas.
A Antártica tem mais de 70
lagos que se encontram sob a superfície de gelo continental. O lago Vostok, descoberto abaixo da estação Vostok Russa em 1996, é o maior deles. Acredita-se que o lago esteve selado por 35 milhões de anos. Há também alguns rios no continente, o maior dos quais é o rio Onyx, com 30 quilómetros de extensão, que desagua no lago Vanda a 75 metros de profundidade.

Geografia


A maior parte do continente Austral está localizada no sul do Círculo Polar Antártico e circundada pelo Oceano Antártico.

É a massa de terra mais meridional e compreende mais de 14 milhões de quilómetros quadrados, tornando-se o quinto maior continente. A sua costa mede 17 968 quilómetros e é caracterizada por formações de gelo, como se mostra a seguir:

Tipos de costa ao longo da Antártica (Drewry, 1983)

Plataforma de gelo (gelo flutuante) - - - - - - - - - - - - - - - - 44%
Paredes de gelo (sobre o solo)- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -38%
Correntes de gelo (limite do gelo ou parede de gelo)- - - - - - 13%
Rocha - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5%



Fisicamente, ela é dividida em duas partes pelos Montes Transantárticos perto do estreitamento entre o Mar de Ross e o Mar de Weddell: a Antártica Oriental, ou Maior e a Antártica Ocidental, ou Menor, porque correspondem aproximadamente aos hemisférios ocidental e oriental em relação ao meridiano de Greenwich.
Aproximadamente 98% da Antártica está coberta por um manto de gelo. O manto de gelo tem em média dois quilómetros de espessura. Essa cobertura de gelo contém 70% de toda a água doce do planeta e torna o continente antártico, o de maior altitude média.

O gelo forma barreiras que se estendem para além da costa, formando banquisas, ou plataformas, a maior das quais é a de Ross. Da sua ruptura originam-se os icebergs. Graças ao peso desse gelo, a maior parte da massa continental encontra-se abaixo do nível do mar.

História - continuação... :p




No início do século XX, os exploradores voltam-se para a conquista do Pólo Sul. Ernest Henry Shackleton organizou uma expedição em 20 de outubro de 1908, sendo obrigado a retornar sem atingir o Pólo. Seguem-se a ele Roald Amundsen e Robert Falcon Scott numa verdadeira corrida, pois partem com apenas duas semanas de diferença em Outubro de 1911, a partir da Plataforma de Ross. Amundsen atinge o pólo em 14 de Dezembro de 1911, retornando em Janeiro. O grupo de Scott chega ao ponto em 17 de Janeiro e encontra a bandeira norueguesa. No caminho de volta, os cinco expedicionários morrem de fome e exaustão.
Após a conquista do pólo, restava ainda a façanha de atravessar o continente de costa a costa. Shackleton assumiu a tarefa na Expedição Imperial Transantártica, em
1914, que não obteve sucesso por uma série de dificuldades, a primeira delas foi devido aos navios terem ficado presos no gelo
e terem-se afundado.
Richard Evelyn Byrd, explorador dos Estados Unidos, foi o primeiro a sobrevoar o Pólo Sul em 28e 29 de Novembro de 1929, após o que conduziu diversas viagens de avião à Antártica nos anos 30 e nos anos 40. Ele também realizou extensas pesquisas geológicas e biológicas. Actualmente, após o Tratado da Antártica, muitos países mantêm bases de pesquisa permanente e a ocupação humana é constante.

História :)


Como não há povos nativos da Antártica, a sua história é a da sua exploração. É muito provável que os povos de regiões próximas ao continente tenham sido os primeiros a explorá-lo: os povos Aush da Terra do Fogo, por exemplo, falam sobre o "país do gelo" e um chefe maori de nome Ui-Te-Rangiora teria atingido a região em 650 d.C. No entanto, esses povos não deixaram vestígios da sua presença.
As primeiras expedições documentadas começam no século XVI. Américo Vespúcio relatou o registo visual de terras a 52°S.

Várias expedições aproximaram-se gradativamente do continente sem, no entanto, se ter a certeza de que se tratava realmente de um continente ou de um conjunto de ilhas, até às expedições de James Cook, o primeiro a circum-navegá-lo entre 1772 e 1775 sem o avistar, devido à névoa e aos icebergs.
A ocupação humana propriamente dita, começa na primeira metade do século XIX, quando navios baleeiros chegavam à região das Ilhas Sandwich do Sul. Nesse período, James Weddell e James Clark Ross descobriram os mares que hoje levam os seus nomes. Este último fez uma viagem de exploração na qual descobriu ainda a Ilha de Ross, os montes Erebus e Terror e a Terra de Vitória, retornando em 1843.

Realizados em 1895 e 1889, os dois Congressos Internacionais de Geografia obtêm relativo sucesso pela exploração do continente meridional, pois diversas expedições nacionais foram realizadas.